Biografia de Manuel Prado e Ugarteche, primeiro e segundo governo

Biografia de Manuel Prado e Ugarteche, primeiro e segundo governo

Manuel Prado e Ugarteche (1889-1967) era um político peruano que detinha a presidência de seu país em duas ocasiões diferentes. Seu primeiro governo ocorreu entre 1939 e 1945, enquanto o segundo foi desenvolvido entre 1956 e 1962.

Após os passos de seu pai, que também havia sido presidente do país, Prado entrou na política quando tinha 28 anos. Naquela época, ele apoiou o doador de golpe liderado por Benavides Larrea contra Billinghurst. Mais tarde, suas atividades políticas o fizeram deixar o exílio. Em Paris, ele estabeleceu qual seria sua segunda residência.

Manuel Prado e Ugarteche juntamente com sua esposa em 1960 - Fonte: Harry Pot [CC por -sa 3.0 NL (https: // CreativeCommons.Org/licenças/BY-SA/3.0/nl/ação.em)]

Depois de retornar ao Peru, Prado participou das eleições de 1939. Com o apoio de várias partidas, ele conseguiu ganhar a votação e ocupou pela primeira vez a presidência. Durante esse primeiro governo, destacou seu posicionamento junto com os Aliados na Segunda Guerra Mundial, bem como o conflito que seu país mantinha com o Equador.

Em 1956, Prado voltou às eleições. Seu segundo governo durou até 1962, quando um golpe causou que ele teve que deixar o país. O político retornou à capital francesa, onde morreu em 1967.

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Biografia

O futuro presidente peruano nasceu em Lima em 21 de abril de 1889. Seu nome completo era Manuel Carlos Prado e Ugarteche e pertencia a um parente muito bem considerado na época. Seu pai, Mariano Ignacio, havia sido presidente do país no golpe de Nicolás de Piérola, em 1879.

Estudos

O jovem Prado recebeu seus primeiros estudos no College of Immaculate and the Superiors na Universidade de San Marcos. Lá ele se formou em 1907, apresentando uma tese intitulada "Centros de pressão hidrostática".

Três anos depois, ele terminou seu doutorado e concluiu seu treinamento na Escola Nacional de Engenheiros. Durante esse estágio, ele já demonstrou interesse em política. Assim, ele participou do Congresso Estudantil Internacional que estava sediado em Montevidéu.

Por outro lado, como de costume naqueles anos, Prado recebeu instruções militares. Primeiro, ele obteve o grau de sargento e, mais tarde, tornou -se bandeira. Uma das crises frequentes com o Equador, que estava prestes a causar o surto de uma guerra, o fez mobilizado em 1910.

Entrada na política

Como alguns de seus irmãos, Manuel Prado entrou no Partido Civil sendo muito jovem. Todos eles apoiaram o golpe que Oscar Benavides Larrea liderou no início de 1914 para derrubar o presidente Guillermo Billinghurst. Esse apoio foi uma ascensão ao grau de tenente.

No ano seguinte, Prado foi nomeado componente do Conselho Municipal de Lima. Dentro desta agência, ele desenvolveu as funções do inspetor de obras. Depois de deixar esta posição, as empresas elétricas associadas presidiam.

Em 1919, ele entrou no Congresso como deputado e foi um dos líderes da oposição a Augusto B. Leguía, que pretendia aparecer novamente à presidência. Essa oposição, bastante forte, custou ao Prado preso e banido para o Chile em 1921. Prado preferia deixar esse país e se estabelecer em Paris, França, onde residiu até seu retorno ao Peru em 1932.

De volta ao país, Prado assumiu a presidência da empresa de vapores peruanos e, dois anos depois, a do Banco de Reserva do Peru.

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1939 Eleições

O pedido de eleições em 1939 ocorreu em um país com um panorama político bastante convulsivo. Por um lado, o mais frequentemente no Peru, o APRA, foi ilegalizado. O mesmo aconteceu com outra organização importante, a União Revolucionária.

Dessa forma, os principais candidatos foram, por um lado, José Quesada Larrea, que adquiriu um dos jornais mais influentes do Peru, a imprensa, para tentar controlar a limpeza das eleições e, por outro, Manuel Prado, Apoiado por Oscar Benavides.

Ambos os candidatos tentaram obter o apoio dos apristas, embora preferissem não optar por nenhum.

Um dos eventos que marcou essas eleições foi o fechamento da imprensa pelo governo. Prado alcançou a vitória, mas muitos denunciaram que houve fraude.

De volta a Paris

O período presidencial do Prado encerrado em 1945. O político apoiou Eloy Ureta para as seguintes eleições, mas foi derrotado por uma coalizão de partes formadas pela APRA e outros grupos.

Manuel Prado tomou a opção de retornar à capital francesa. Lá ele viveu até pouco antes das eleições de 1956.

1956 Eleições

Segundo os historiadores, os seguidores do Prado o convenceram a aparecer novamente em novas eleições, as de 1956. Para fazer isso, um partido chamado Pradista Democratic Movement foi fundado, embora mais tarde tenha mudado o nome do democrata peruano.

Os outros candidatos à presidência foram Hernando de Lavalle e Belaunde Terry. Novamente, como em 1939, a APRA não pôde participar da votação. Nesta ocasião, eles apoiaram Prado em troca da promessa de legalizar a festa. Com isso, Prado venceu o vencedor novamente nos votos.

Golpe de Estado

Quando a lei a marcou, em 1962, Prado começou a convocar novos votos. No entanto, as acusações de fraude foram enormes. Os militares, antes disso, deram um golpe d'Etat, apenas alguns dias antes de Prado terminar oficialmente seu mandato.

Exílio e morte

Manuel Prado deixou o Peru para exilar, novamente, em Paris. Ele só voltou ao país para participar, em 1966, em uma homenagem a seu pai por sua participação no combate del Callao.

O político peruano morreu em 1967 em Paris. Seus restos restantes, junto com o de seu pai, no cemitério Presbyter.

Primeiro governo

Manuel Prado iniciou seu primeiro mandato presidencial em 8 de dezembro de 1939 e terminou no final de julho de 1945.

Todo esse período foi marcado pelo desenvolvimento da Segunda Guerra Mundial. De fato, o processo eleitoral de 1939 foi influenciado por esse conflito, já que algumas forças de ideologia fascista entraram em Liza na imagem do que havia acontecido na Europa.

A candidatura de Manuel Prado, dessa maneira, coletou o apoio dos oponentes dessas idéias fascistas. Entre seus aliados, reunidos na Confederação Geral de Partes, eram de empresários do setor a movimentos dos trabalhadores perto do Partido Comunista.

Segunda Guerra Mundial

Além do exposto, o Peru sofreu os efeitos da guerra na sua economia, especialmente em atividades comerciais. Por um lado, isso significava alguns problemas quando as importações descendem, mas, por outro, permitiu que novos setores industriais forneçam os produtos que pararam de chegar do exterior.

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No aspecto diplomático, o Peru optou inicialmente por permanecer neutro, embora estivesse mais próximo dos aliados. Mais tarde, após o bombardeio de Pearl Harbor pelos japoneses, o governo peruano declarou seu apoio absoluto a esse lado.

Aspecto econômico

Como observado, a Segunda Guerra Mundial afetou o comércio peruano com força. Uma das medidas que o governo aprovou para aliviar alguns dos problemas que apareceram foi aumentar os impostos de alguns produtos, como algodão.

Em geral, especialistas apontam que a política econômica de Prado durante seu primeiro governo teve dois momentos diferenciados.

O primeiro, que durou até 1943, foi caracterizado pela implementação de políticas que ajudariam a indústria do país. Da mesma forma, ele também nos favoreceu dos investidores dos EUA. Desde 1940, o suporte reforçado da Prado para a indústria nacional usando tarifas alfandegárias.

O segundo período foi mais focado na distribuição da riqueza, com medidas favoráveis ​​aos trabalhadores. Por outro lado, os impostos diretos começaram a adquirir maior importância. Finalmente, o Peru assinou vários acordos com os Estados Unidos, o que significou mais oportunidades para a indústria e agricultura peruana.

Impulso à industrialização

Dado o declínio na importação de alguns produtos por causa da guerra, o Peru teve que promover a criação de indústrias que poderiam oferecê -los à população.

O resultado foi um crescimento na produção industrial de mais de 7 pontos percentuais, até atingir 19% do PIB. Alguns dos setores que mais cresceram foram químicos, têxteis ou de construção.

Aspecto social

Desde o momento das eleições, o governo do Prado tentou que as relações com as organizações e partidos de esquerda melhorem . Graças a isso, os sindicatos dos trabalhadores chamaram muito menos protestos do que em períodos anteriores.

Por sua vez, o governo concordou em legalizar várias organizações sindicais. No auge dessas boas relações estava a base do CTP (Confederação dos Trabalhadores do Peru), controlada pela APRA e pelo Partido Comunista, mas que teve a aprovação do governo.

Por outro lado, os salários cresceram durante os anos do primeiro governo do Prado. O presidente decretou a criação de um salário mínimo e tentou controlar o aumento dos preços.

Educação

O primeiro governo do Prado também se preocupou em melhorar a educação no país. Entre as medidas tomadas destacaram o aumento do orçamento para essa área, algo que levou a um plano ambicioso de acabar com o analfabetismo.

A guerra contra o Equador

Desde a independência da coroa espanhola, o Peru e o Equador enfrentaram várias vezes para algumas áreas de fronteira. Em julho de 1941, os dois países estrelaram uma série de batalhas em uma guerra Unscada declarada.

Esta situação durou até o início de outubro. Nos 2 daquele mês, os dois países enfrentaram, com a mediação do Brasil, Chile, Argentina e Estados Unidos, assinou um acordo que teve de acabar com os confrontos.

Algo depois, em 29 de janeiro de 1942, o Peru e o Equador assinaram a paz, a amizade e os limites do Rio de Janeiro. Através deste tratado, as disputas de fronteira foram resolvidas, embora as tensões reaparecessem periodicamente.

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Segundo governo

As eleições de 1956 assumiram uma nova vitória de Manuel Prado. Seu segundo mandato começou em 28 de julho daquele ano.

Período de coexistência

Manuel Prado prometeu aos Apristas legalizar o partido em troca de seu apoio nas eleições. Assim que o Legislativo começou, o presidente cumpriu esse compromisso e anulou a lei que causou sua legalização. Depois disso, ele promulgou uma anistia para prisioneiros políticos e permitiu o retorno dos exilados.

Todas essas medidas fizeram com que o tempo fosse chamado de "período de coexistência".

Oposição

Apesar dessa abordagem das organizações de esquerda, o governo do Prado teve que enfrentar uma grande oposição interna. No campo, os pedidos de reforma agrária causaram sérios distúrbios e, por outro lado, um movimento que exigia que vários depósitos de petróleo das mãos das empresas americanas fossem recuperados.

Um dos líderes de oposição mais importantes foi Pedro Beltrán. Prado, para silenciá -lo, nomeou -o primeiro -ministro e ministro das Finanças. A manobra do presidente foi um sucesso e Beltrán acabou se tornando um dos pilares do governo.

Aspecto econômico

Este segundo mandato em Prado teve que enfrentar sérios problemas econômicos. Para começar, ele herdou 560 milhões de déficit causados ​​pelo governo anterior.

Da mesma forma, a política tarifária dos EUA prejudicou as exportações peruanas. Finalmente, os minerais sofreram uma forte diminuição de preço.

O governo formou uma comissão para lidar com os problemas de reforma agrária e habitação. Com isso, ele pretendia melhorar as condições de vida dos cidadãos.

Apesar das tentativas, Prado não conseguiu melhorar a situação econômica do país. Após várias medidas que resultaram em falha, ele foi forçado a pedir um empréstimo ao Fundo Internacional de Desenvolvimento.

Já com Beltrán à frente do Ministério das Finanças, o governo aprovou várias medidas muito impopulares. Entre os mais importantes estavam o aumento do preço da gasolina e a redução da ajuda alimentar. Essa política, embora tenha causado um agravamento das condições das classes mais baixas, ajudou a estabilizar as finanças.

Infraestrutura e educação

Como parte das políticas para promover o desenvolvimento do país, o governo promoveu as comunicações terrestres na área da selva.

Por outro lado, Prado aprovou o plano educacional do Peru. Através dessa medida, pretendia melhorar todos os estágios educacionais e continuar afetando a alfabetização populacional.

Dentro dessa política educacional, várias universidades foram abertas, como a de San Luis Gonzaga de ICA ou a da Amazônia peruana.

Derrubar

Este segundo governo presidido por Prado e Ugarteche teve um fim abrupto. O presidente havia convocado as eleições relevantes e estas foram mantidas na data planejada. No entanto, numerosos casos de fraude foram denunciados, o que acabou causando intervenção do exército.

Depois de ser preso pelos militares, Prado deixou o país para se estabelecer, definitivamente, em Paris, onde morreu em 1967.

Referências

  1. Biografias e vidas. Manuel Prado e Ugarteche. Obtido da biografia e vidas.com
  2. Tamariz, domingo. Manuel Prado Ugarteche. Obtido de El Peruano.educaçao Fisica
  3. Do Peru.com. Manuel Prado Ugarteche. Obtido de Deperu.com
  4. Seu dicionário. Fatos de Manuel Prado Ugarteche. Obtido da biografia.Seu dicionário.com
  5. A biografia. Biografia de Manuel Prado e Ugarteche (1889-1967). Obtido da biografia.nós
  6. Revolucionalmente. Manuel Prado Ugarteche. Obtido da revolução.com
  7. Enciclopédia da história e cultura latino -americana. Prado e Ugarteche, Manuel (1889-1967). Obtido da enciclopédia.com