Correntes literárias na América Latina e suas características

Correntes literárias na América Latina e suas características
Biblioteca Porrúa na Cidade do México

As Correntes literárias na América Latina Eles abrangem toda a literatura criada em uma das línguas indígenas, em espanhol ou em português em qualquer um dos países que fazem parte de sua geografia.

Uma corrente literária é definida como o conjunto de obras apareceu em um certo período de tempo e que compartilham algumas de suas principais características. Entre eles, o tema, estilo, estética ou ideologia se destacam.

No caso da América Latina, a primeira corrente literária remonta à era pré -hispânica, embora fossem obras transmitidas por via oral. Com a chegada dos conquistadores espanhóis, novas tendências apareceram que evoluíram para o tempo da independência.

Mais tarde, a literatura da América Latina seguiu algumas correntes artísticas universais, como romantismo ou avant -garde. No entanto, em todos os casos, eles apresentaram suas próprias características, especialmente no boom da América Latina, que deu origem ao seu próprio estilo chamado realismo mágico.

Principais correntes literárias da América Latina

1- Literatura pré-hispânica

A literatura pré -hispânica ou pré -colombiana foi a das culturas nativas que existiam na América Latina antes da chegada dos espanhóis.

Os nativos não haviam desenvolvido alfabetos fonéticos e apenas algumas culturas criaram sistemas de comunicação através de glifos. Por esse motivo, a criação literária foi baseada na tradição oral.

Havia alguns cronistas espanhóis que se registraram ao escrever algumas das histórias criadas por povos indígenas.

Em geral, essa literatura tinha mitologia como o tema principal. Ele coletou histórias que relacionavam a origem do mundo, a vida de seus deuses e outros temas semelhantes.

As culturas destacadas neste aspecto foram maias, incas e asteca. Algumas das obras pré -colombianas mais importantes foram as Popol Vuh e ele Chilam Balam.

2- Literatura de colônia

A conquista espanhola causou, entre outras consequências, que a cultura indígena quase desapareceu em favor daquele transportado pelos espanhóis.

No entanto, em algumas áreas, o cultural nativo influenciou os espanhóis a criar novos elementos artísticos e culturais.

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A princípio, a literatura se concentrou na conquista do continente. Foram os próprios conquistadores quem relataram suas ações e disseram suas experiências. Em 1522, por exemplo, as cartas que Hernán Cortés enviou ao rei espanhol para descrever a conquista foram publicados, bem como costumes indígenas.

Outro trabalho importante foi o Verdadeira história da conquista da nova Espanha, Escrito por Bernal Díaz del Castillo.

Com o desenvolvimento da colonização, o barroco literário foi adaptado à realidade latino -americana. Era uma literatura que usava uma linguagem cheia de recursos estilísticos e jogos de palavras.

Entre os autores mais importantes, Sor Juana Inés de la Cruz se destacou, com obras como O amor é mais labirinto; Juan Espinoza Medrano, autor de O arrebatamento do sonho de prosepina e endimion; ou José Joaquín Fernández de Lizardi, com O Sarmiento Periquillo.

3- Literatura de Independência

A luta pela independência dos diferentes territórios latino -americanos teve um grande impacto na literatura. Isso, no início do século XIX, tornou -se uma ferramenta importante na construção e disseminação da identidade dos novos países que estavam emergindo.

Entre as correntes mais importantes da época destacaram o neoclassicismo. Essa tendência foi caracterizada por um tema que deu prioridade ao mundo exterior no interior e isso, estilisticamente, tentou combinar beleza com a verdade.

Uma das características do neoclassicismo latino -americano foi sua abordagem baseada nas idéias de progresso e liberdade personalizados em figuras como Bolívar e San Martín.

Um dos trabalhos mais importantes da época foi Silva para a agricultura, dos venezuelanos Andrés Bello. Outro representante destacado desta corrente foi José Joaquín Olmedo, autor de Vitória de Junín: música para Bolívar.

4- Literatura romântica

Romantismo apareceu na Europa em meados do século XIX. Na América Latina, enquanto isso, foi caracterizada por seu tema social e por sua oposição à rigidez do neoclassicismo.

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Os autores desta corrente eram apoiadores de maior liberdade de criação. Muitos dos trabalhos foram dedicados ao popular e o sentimento da razão prevaleceu.

Argentina foi um dos lugares onde essa corrente apareceu na América Latina. Destacou a publicação de Elvira ou La Bride del Plata, de Esteban Echeverría. Outro ponto importante da criação literária foi a Colômbia, com autores como Jorge Isaacs, autor de Maria.

5- Literatura do modernismo

Modernismo na literatura desenvolvido entre as últimas décadas do décimo nono e o primeiro do século XX. Sua principal característica foi a mudança de estilo, pois optou por preciosos e o uso de vários recursos expressivos.

Seu tema, por sua vez, foi dedicado à recriação de lugares exóticos e mágicos, fugindo da realidade política e social da época. Os sentimentos também foram outros os elementos temáticos mais usados.

Na América Latina, Rubén Darío foi considerado o pai desta corrente, especialmente após a publicação de Azul, 1888. Essa compilação de poemas foi a inspiração de outros autores, como Manuel Díaz Rodríguez ou Amado Nervo.

6- Literatura da Vanguard

Durante a primeira metade do século XX, a arte viu como várias correntes emolduradas no que foi chamado Avant -garde apareceu. Foram autores que procuravam quebrar os estilos e temas clássicos em todos os ramos artísticos.

No caso da América Latina, essa corrente surgiu como resultado de mudanças sócio-políticas no continente. Seus representantes pretendiam quebrar as normas estabelecidas e exigiram a liberdade total em suas formas de expressão.

Esta busca por ruptura também foi observada no assunto. A partir do existencialismo, os autores se concentraram em questões até então consideradas proibidas. Em geral, eles refletiam aspectos como a desigualdade econômica e a pobreza e se manifestaram contrário à intervenção da política.

Dentro desta corrente, Jorge Luis Borges destacou (Ficções), Alberto Hidalgo (Simplismo: poemas inventados) e Pablo Neruda (Vinte poemas de amor e uma música desesperada).

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7- O boom latino-americano

Embora autores como Neruda ou Borges tivessem tido um sucesso universal, a grande consagração da literatura latino -americana ocorreu entre as décadas de 1960 e 1980.

Uma série de escritores fazia parte do boom da América Latina, cuja expressão mais conhecida era o realismo mágico. Esses autores transformaram completamente a maneira de escrever na América Latina, com obras com uma grande carga política e um estilo experimental.

Dentro de suas características estava a criação de lugares míticos que funcionavam como símbolos para desenvolver suas visões sócio-políticas.

No realismo mágico, os escritores usaram elementos sobrenaturais ou incomuns em suas histórias. Eles quebraram um tema que, sem eles, poderia ter sido classificado como realista.

O boom latino -americano tinha como principal representante Gabriel García Márquez, autor de Cem anos de Solidão; Mario Vargas llosa, com obras como Pantaleon e os visitantes; e Julio Cortázar, cujo trabalho Amarelinha Foi um dos mais importantes desta corrente.

8- pós-boom

Também chamado de "literatura pós -moderna" ou "nova literatura", a corrente post boom surgiu após o boom latino -americano.

Essa corrente foi representada por autores como Mario Benedetti, Manuel Puig ou Severo Sarduy e foi caracterizada por incluir cultura popular e protesto social em seus trabalhos. Outros autores representativos foram Isabel Allende, Reinaldo Arenas, Alfredo Bryce Echenique e Antonio Skarmeta.

9- MCONDO

Nos anos 90, uma nova corrente apareceu na literatura latino -americana. Conhecido como McOndo, sua origem tinha como principal motivação a rejeição dos escritores que compensam o realismo mágico.

Esta oposição é vista claramente nos estágios preferidos pelos autores: o urbano. Estes foram descritos de maneira muito realista, com referências à cultura pop e o modo de vida prevalecente naqueles anos.

Alguns dos autores mais representativos foram Alberto Fuguet (Onda ruim), Giannina Braschi (Yo-i Boing!) e Edmundo Paz Soldán (Íris).