Teoria neoestruturalista

Teoria neoestruturalista
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O que é teoria neoestruturalista?

A teoria neoestruturalista na economia apareceu na América Latina nos anos 80 como uma alternativa ao neoliberalismo do consenso de Washington. Seu principal objetivo era procurar novas soluções para a falta de desenvolvimento que a região sofria com uma abordagem focada em alcançar maior igualdade, dinamismo econômico e autonomia nacional.

O antecedente dessa teoria remonta aos anos após a guerra mundial. Naquela época, a ECLAC (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, das Nações Unidas) e autores como Raúl Prebisch fundou a escola estruturalista. Depois disso, nas décadas de 1960 e 1970, a escola dependente emergiu.

O neoestruturalismo tentou renovar as abordagens criadas pelos estruturalistas. A intenção de seus autores era alcançar a equidade e a justiça social em uma estrutura completamente democrática.

Com o apoio da ECLAC, uma organização fundada para aumentar o desenvolvimento da economia latino -americana, os neo -estruturalistas colocam o foco no setor informal, que eles propuseram apoiar com políticas que melhorariam a produção. Da mesma forma, eles fizeram uma crítica à industrialização de políticas, o que para eles significou um fracasso.

Origem da teoria neoestruturalista

O economista chileno Fernando Fajnzylber é considerado a figura -chave no aparecimento do neoestruturalismo.

Fajnzylber realizou pesquisas sobre a economia no sudeste da Ásia e a comparou com a experiência latino -americana.

Esses trabalhos o levaram a criticar o neoliberalismo implementado na região e os mitos que os economistas dessa corrente se espalharam sobre a estratégia ISI (importação industrialização) importações).

O economista concluiu que era necessário adaptar o primeiro estruturalismo ao novo contexto, a fim de eliminar seus erros.

Alternativa ao consenso de Washington

Os trabalhos de Fajnzylber como parte do copal resultaram em uma análise da crise na América Latina alternativa à desenvolvida pelo consenso de Washington. Isso consistia em uma série de diretrizes econômicas neoliberais promovidas pelo governo dos EUA e foram impostas a vários países da América Latina.

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Para os membros do ECLAC, o motivo da crise na América Latina foi devido ao fato de um sistema alugado ter sido adotado para melhorar o desenvolvimento da região. Além disso, eles concluíram que a industrialização não atingiu a força necessária, que ocorreu um endividamento externo excessivo e um aumento na inflação.

Com os dados coletados, o ECLAC publicado em 1990 um relatório considerado fundamental para o neoestruturalismo: Transformação produtiva com patrimônio líquido. Além de conter análise alternativa ao consenso de Washington, ele continha várias recomendações para resolver os problemas econômicos da região.

Características da teoria neoestruturalista

Menos rejeição da globalização

Uma das novidades introduzidas pelos neoestruturalistas era começar a ver as vantagens que a globalização poderia assumir. Tratava -se de reconhecer que a economia já era inevitavelmente global e que era absurdo se opor a ela em princípio.

A teoria neoestruturalista sustentou que, durante o tempo do ISI, a economia latino -americana havia sido muito local e defendida para participar da globalização, apesar de seus riscos.

Estado ativo

Fajnzylber argumentou que os estruturalistas haviam idealizado demais o papel do estado. No entanto, eles não levaram em consideração que às vezes as medidas estaduais podem ser prejudiciais.

Por esse motivo, os neoestruturalistas não foram apoiadores de intervenção excessiva do estado na economia.

Isso, no entanto, não significava que eles concordaram com os neoliberais. Os neoestruturalistas, embora defendessem o fim do intervencionismo, não achavam que o Estado não pudesse participar para melhorar o desenvolvimento econômico.

Para essa teoria, o estado deve ser ativo, algo muito diferente do que os neoliberais defenderam. Entre outros poderes, o estado teve que regular as atividades políticas relacionadas à economia social de mercado.

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Da mesma forma, teve que aumentar as reformas estruturais, como impostos aduaneiros. Finalmente, era essencial aprovar medidas para que a industrialização seja orientada para certos mercados, seja externo ou interno.

Defesa da democracia

Uma das novas características do neoestruturalismo foi a relação entre suas medidas econômicas e a necessidade de fortalecer a democracia e defender os direitos humanos.

Contribuições da teoria neoestruturalista

O slogan escolhido pelo neoestruturalismo foi "transformação produtiva com equidade". Tratava -se de adaptar o método estrutural original ao novo contexto histórico.

Aumento de produtividade

Neoestruturalistas, como outras correntes econômicas, procuraram um aumento na produtividade. A principal diferença foi que eles propuseram melhorá -lo através da introdução de novas técnicas e não com a depreciação de salários.

Isso estava intimamente relacionado à sua visão de industrialização como um elemento fundamental para melhorar a produtividade. Do seu ponto de vista, a indústria deve estar conectada a outros setores, como agricultura ou serviços.

Transformações globais

As propostas para a transformação dos neoestruturalistas foram além da economia. De acordo com seus postulados, essa transformação deve estar alinhada com a melhoria do sistema educacional, infraestrutura e aspectos sociais, como relações entre trabalhadores e empreendedores.

Outro campo que também deve ser levado em consideração para os apoiadores dessa teoria foi a ecologia. O desenvolvimento que eles defenderam não puderam danificar o ambiente.

Produtividade com patrimônio

Entre as contribuições teóricas do neoestruturalismo está a convicção de que a competitividade necessária para a economia crescer precisava ser obrigatória à equidade.

Para garantir que a transformação produtiva tenha sido bem -sucedida, a integração regional deve ser favorecida. Os protagonistas dessa integração seriam instituições, empresas e associações.

Por outro lado, os neoestruturalistas tentaram dar soluções para o possível atraso dos efeitos da equidade nos setores mais desfavorecidos. Sua proposta era promover políticas redistributivas, tanto a promoção fiscal quanto para os negócios e o suporte de treinamento.

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Democracia e direitos humanos

Ao contrário de alguns teóricos do neoliberalismo que não contemplaram a necessidade de democracia em seus postulados econômicos, os neo -estruturalistas defenderam que a transformação produtiva com a eqüidade só poderia ocorrer em um sistema democrático.

Mudanças no papel do estado

Embora não tenha renegado o papel do estado, a teoria neoestruturalista afirmou que a intervenção do Estado na economia deveria ser diferente. O principal objetivo era que sua participação permitia aumentar a eficiência do sistema econômico.

Essa intervenção estatal não significava que havia mais empresas públicas, nem que elas deveriam ser reduzidas. Sim, em vez disso, tive que me concentrar em procurar novas maneiras de planejamento.

Vantagens e desvantagens

Vantagens

Entre as vantagens da teoria neoestruturalista, o controle da inflação destacou. Além disso, permitiu aumentar o investimento direto estrangeiro.

Por outro lado, o aumento da produtividade não causou os problemas ambientais que poderiam causar. Assim, foi tentado que esse desenvolvimento econômico era ambientalmente sustentável, embora nem sempre.

Desvantagens

Apesar das boas intenções dos apoiadores dessa teoria, o crescimento da economia era bastante limitado, além de apresentar uma enorme instabilidade. Além disso, as exportações não se diversificaram o suficiente.

O outro grande elemento fracassado da teoria foi apresentado em um de seus principais postulados: o da equidade. Apesar de suas reivindicações, a renda continuou muito desigual.

Referências

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