Qual é a cláusula careca?

Qual é a cláusula careca?

Cláusula Calvo É uma provisão legal, com pouco uso hoje, incluído nos contratos assinados entre governos nacionais e estrangeiros. Esta cláusula é a expressão prática da doutrina careca de mesmo, que indica que as não -nacionais devem ser submetidas à jurisdição legal do país em que são e não aos tribunais deles.

O autor da doutrina que deu origem à cláusula foi Carlos Calvo, um jurista argentino nascido em 1824. Durante as primeiras décadas de independência dos países da América Latina, a fragilidade de suas instituições os colocou em uma posição de fraqueza contra as grandes potências, especialmente antes dos Estados Unidos.

Carlos Calvo Busto em Haia - Fonte: Lybil/CC por -s (https: // CreativeCommons.Org/licenças/BY-SA/4.0)

Nesse período, também era comum os países tentarem defender seus cidadãos no exterior da ação judicial local, especialmente em caso de litígios comerciais. Às vezes, essa defesa passava a incluir a ameaça de ações militares. Para encerrar esse costume, Calvo criou a doutrina que leva seu nome.

A cláusula não se tornou realidade até a sexta conferência inter -American, embora sempre tivesse a oposição dos EUA. Alguns países da região começaram a incluí -lo em suas constituições, como foi o caso do México.

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Cláusula Calvo

A instabilidade dos países recém -independentes da América Latina no século XIX os deixou em uma posição muito vulnerável diante das tentativas dos poderes europeus e dos Estados Unidos para intervir em sua economia e política.

Além disso, naquela época era comum que diferentes estados fossem confiados quando seus cidadãos tinham problemas legais no exterior.

Para tentar acabar com essa interferência e fortalecer sua soberania, os estados latino -americanos procuraram fortalecer sua legislação. Nesse contexto, a doutrina do Calvo apareceu, formulada pelo jurista argentino Carlos Calvo.

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Propósito

A cláusula Calvo é uma estipulação de renúncia à proteção diplomática que é adicionada aos contratos entre um estado na América Latina e um indivíduo ou empresa de outro país. Esta cláusula pressupõe que o estrangeiro não possa ir ao seu governo para defender seus direitos contratuais em qualquer um de seus aspectos.

Dessa forma, nesse caso, algum tipo de problema legal aparece, o contratante estrangeiro deve recorrer à justiça local.

A cláusula geralmente aparece o seguinte: "As dúvidas e controvérsias que podem surgir devido a este contrato serão resolvidas pelos tribunais competentes do Estado, de acordo com seu direito, e não darão origem a nenhuma intervenção diplomática ou reivindicação internacional".

Conferências inter -americanas

Na prática, a cláusula Calvo não foi uma tarefa fácil. Nas duas primeiras conferências interamericanas, realizadas em Washington (1889-1890) e na Cidade do México (1901-1902), respectivamente, os Estados Unidos recusaram.

Naquela convenção, foi decretado que nacional e estrangeiro deveriam ter igualdade legal e reivindicações por danos durante as revoluções foram regulamentadas.

Enquanto isso, os Estados Unidos pressionaram até que o tratado em aulas de danos pecuniários fosse assinado, o que criou um órgão judicial regional para resolver reivindicações. Isso deixou a doutrina careca sem efeito.

Apesar do exposto, o segundo dessas conferências foi um avanço para os apoiadores da cláusula Calvo. Assim, a limitação do uso da força para coletar dívidas foi aprovada.

Mais tarde, durante a quarta conferência (Buenos Aires, 1910), os países americanos concordaram que, dada qualquer incidência, os tribunais locais seriam usados ​​primeiro. Se eles não responderam, a arbitragem internacional poderia ser reivindicada.

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Sexta Conferência Inter -Americana

A cláusula Calvo havia sido formulada em 1890, mas não foi até 1928 quando foi estabelecido com mais precisão. Isso aconteceu durante a sexta conferência pan -americana, na qual foi introduzida na convenção sobre os direitos dos estrangeiros.

Seu primeiro artigo foi escrito da seguinte forma: "Os estrangeiros estarão sujeitos, assim como nacionais, à jurisdição e às leis locais (...)".

Nona Conferência Pan -Americana

A nona conferência pan -americana, realizada em Bogotá em 1948, representou um grande avanço para os apoiadores da doutrina do Calvo.

Nessa reunião, a carta da organização dos estados americanos foi escrita, além de aprovar um tratado para que os conflitos sejam fixos pacificamente.

Ambos os documentos incluem vários conceitos relacionados à doutrina do Calvo. Assim, afirmou -se que "a jurisdição dos estados nos limites do território nacional também é exercida sobre todos os habitantes são nacionais ou estrangeiros".

Outros artigos da Carta alegaram que “as partes são obrigadas a não tentar reivindicar diplomáticas para proteger seus nacionais ou iniciar uma controvérsia antes da jurisdição internacional, quando esses nacionais aceleraram os meios para ir aos tribunais nacionais competentes do respectivo estado"

No entanto, esses artigos foram rejeitados pelos Estados Unidos, embora tivessem assinado os tratados.

Primeiro caso prático

O primeiro conflito diplomático em que a doutrina do Calvo foi invocada. Em 1873, seu ministro de Relações Exteriores, Lafragua, enviou uma carta ao embaixador dos EUA, afirmando que seu país não era responsável por danos causados ​​às propriedades dos estrangeiros.

A resposta americana não estava reconhecendo a doutrina careca, uma posição que o governo dos Estados Unidos mantinha em muitas ocasiões.

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Cláusula Calvo no México

A cláusula Calvo foi incluída em várias constituições latino -americanas. O caso mais conhecido foi o mexicano, já que ele tinha repercussões muito importantes.

Assim, o México incorporou teses de Calvo no artigo 27 de sua Constituição, com a qual foi estabelecido que qualquer estrangeiro que quisesse comprar terras, águas ou obter concessões para explorar minas deve renunciar à proteção de seu governo no caso de surgirem conflitos legais.

Tipos de cláusulas Calvo

Na América Latina, existem vários tipos de legislações diferentes com o nome da cláusula Calvo.

Cláusula Legislativa Calvo

Esta cláusula é geralmente incluída nos contratos assinados entre um estrangeiro e o governo do país onde você deseja fazer negócios. Em alguns casos, a cláusula indica que nenhuma reivindicação de estrangeiros é diferente da qual um nacional poderia ser admitido.

Em outros casos, é aceito que exista intervenção diplomática se houver uma negação de justiça para o requerente.

Cláusula Calvo de Exaustão dos Recursos Locais

Quando esse tipo de cláusula é usado, os estrangeiros são obrigados a esgotar todos os caminhos judiciais do país em que residem antes de pedir ajuda ao seu próprio governo.

Cláusula Calvo como renúncia à proteção diplomática

No caso de o contrato assinado incluir esta cláusula, o estrangeiro renuncia à proteção diplomática de seu governo e se compromete a cumprir as leis do país em que ele reside.

Referências

  1. Enciclopédia legal. Cláusula "Calvo". Obtido da Encyclopedia-Juridica.com
  2. Rodrigo, Borja. Cláusula Calvo. Obtido de enciclopediadlapolitica.org
  3. Alanís Sánchez, Ricardo A. Uma olhada na cláusula careca. Obtido de anagenesisjuridicorevista.com
  4. Os editores da Enyclopaedia Britannica. Doutrina do Calvo. Obtido da Britannica.com
  5. O dicionário da lei. O que é doutrina Calvo?. Obtido de Thelawdictionry.org
  6. História e cultura latino -americanas. Doutrina do Calvo. Obtido da enciclopédia.com
  7. O professor de negócios. Cláusula Calvo ou Doutrina Calvo - Definição. Obtido do BusinessProfessor.com